sábado, 5 de dezembro de 2009

Oquêlogia e reclamologia

Os profissionais da eminente ciência e arte dos arquivos vivem a reclamar de seus empregos. Uns afirmam que ganham tão mal que preferem apor no currículo que realizam trabalho voluntário, e outros, por sua vez, gostariam de maior visibilidade e reconhecimento, chegando a dizer que essa é uma profissão muito ingrata.

Se analisarmos com profundidade, quase todos os profissionais acham que suas áreas, mesmo quando elas proporcionam grandes remunerações e status, são, de alguma forma, ingratas - Publicitários e cirurgiões de sucesso sempre rosnam um "profissão ingrata!" quando acham que o iate ao lado (de um ator, mega-empresário ou playboy) é maior que o seu.

Os arquivistas, por sua vez, sempre acham que a fila do outro ônibus está mais vazia, ou que o auxiliar administrativo ao lado tem mais dentes na boca.

É preciso atentar-se ao fato de que, para os arquivistas, o buraco é tão mais embaixo que o fundo é algo cotidiano. É fato que profissionais de todas as outras áreas, inclusive bibibliotecacários ou museuolológos - esses dois sem razão alguma! - fazem pouco da esplendorosa arquivística, renegando sua importância e valor e demonstrando afetada repugnância com relação aos afazeres arquiveiros.

Há, porém, um consenso entre profissionais de todas as áreas que está magnificamente representado pela digníssima afirmação a seguir:

Todos preferem arquivologia à cirurgias no reto!

Todo copo meio vazio é também um copo meio cheio!

sábado, 3 de outubro de 2009

Pirâmides invertidas nada divertidas

Tomando de assalto a "pirâmide das necessidades humanas" elaborada por A. Maslow encontrada no texto “A questão da informação” de Aldo Barreto, aproveitamos o crime para incluir uma coluna que relaciona a remuneração dos profissionais aos tipos de informações com que eles trabalham.

Embora forcemos a barra para enquadrar arquivistas&cia como profissionais da informação utilitária, quando, na realidade, estão mais intimamente relacionados à informação contextual, o resultado é válido dentro da função da coluna remuneração, pois o salário deles é menor que o de outros profissionais que lidam com as mesmas informações. Radicalizamos as perspectivas a ponto de tornar todo o trabalho um exagero (frente a realidade) compatível com as propostas de salários que as Associações de Arquivistas preparam.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Nota dos Anunciantes

Cansado de quase gabaritar questões específicas mas se dar mal nas questões de português nos concursos públicos?

Compre apostilas de português para concursos elaboradas pelo Profeta Gentileza.




À venda na livraria da AAERP - Arquivistas Aprovados nas Específicas e Reprovados em Português, filiada à AAERJ Arquivistas Aprovados nas Específicas e Reprovados nas Jurídicas.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Divulgação CearArq

O sindicato CearArq - Arquivistas cearenses, busca legitimar e defender a classe de trabalhadores arquivistas do Ceará.

28/07/2009
Empresas cearenses que possuem arquivistas em seu quadro têm reclamado dos afastamentos por problema na coluna cervical deles.

O CearArq vêm desfazer o engano e piada que diz que:

"o Arquivista cearense utiliza a cabeça principalmente na hora de carregar peso, pois ele a usa para carregar as caixas."

Isso é uma afirmação leviana e despropositada, pois, estatisticamente, o cearense só tem o diâmetro da cabeça 25% maior que a dos outros nordestinos, e isso, comprovadamente, não faz com que sustente mais peso, apenas mais volume. Portanto, arquivistas cearenses, uni-vos pela causa! Informação é a solução.

terça-feira, 23 de junho de 2009

A artística ciência das caixas-arquivo

Todos sabemos da importância capital do bom acondicionamento dos documentos de arquivo. Entretanto, embora seja consensual a importância das caixas-arquivo, esse tema ainda é pouco explorado no espaço acadêmico. Em levantamento realizado neste ano acerca da produção bibliográfica e acadêmica de arquivologia e ciências correlatas, foi confirmada a negligência quanto ao tema das caixas-arquivo, podendo dar uma falsa impressão de fragilidade conceitual acerca desse importante material de consumo e estudo arquivístico, porém isso não é verdade.
Está claro que nos ultimos anos não se tem produzido muito sobre o tema, mas existem obras cabais que são alicerce dessa rígida e imponente ciência.

Seguem algumas obras célebres sobre a artística ciência das caixas-arquivo:


A delicada metaciência das caixas-arquivo - Steve Aki


Caixa-box, caixa-caixa ou caixa-arquivo: uma questão terminológica - Eutanásio K. Galhão


Arquivar ou encaixar? A importância do planejamento arquivístico nas relações multidisciplinares de acondionamento. - Maria Docar Alho


Arquivando documentação, em caixa. Eduardo P. Obre

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ode à Arquivologia

O que seria de nós,

sem a mãe arquivologia

Que nos deu estágios pagando como empregos

E empregos que pagam como estágios

Que deu-nos um diploma de terceiro grau sem muito cobrar

Nem a mensalidade que não teríamos como pagar

Oh! mãe arquivologia que nos fez arquivistas,

Arquiveiros, arquivocratas ou auxiliares administrativos

Salvou-nos do trabalho em lojas de shopping

Do tele-marketing

E de auxiliar serviços mais gerais

Oh Arquivologia

Que nos deu o pão,

O circo

Mas não muito mais que isso...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Novos Anunciantes!

sábado, 2 de maio de 2009

Preservação da humanidade parte 1

Munido da iniciativa abraçada pelo fabuloso ARQUIJAZ o Anarquivística.nerd vem, conscientemente, indicar medidas de preservação da humanidade, pois sem ela os documentos não terão uma função maior do que fonte de celulose para formas de vidas menos complexas como traças, museólogos e catadores de papel...

Apoiada pela casa do Ruim Barbosa (famoso jagunço alagoano), essa primeira cartilha do programa de conservação preventiva da humanidade relembrará da digna contribuição que feita pelo ARQUIJAZ.

Monarq, o meio de transporte do arquivista que identifica valores na humanidade e a caracteriza como permanente, merecendo ser preservada.



Vamos evitar intervenções mais drásticas na humanidade como a restauração da humanidade.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Graphitium Eateres

Uma praga de arquivo ainda pouco estudada é o Graphitium Eateres. Encontrado usualmente nas mesas de setores como arquivo e almoxarifado, pode também ser encontrado em outros lugares que disponham de material de escritório em abundância. A razão pela qual esse curioso animal tem os arquivos e cercanias como principal habitat é a peculiar dieta composta exclusivamente por lápis 6B, que também é o preferido dos arquivistas. Os problemas que o “Sentador de lápis”, como também é conhecido, causa vão além do valor perdido a cada lápis que é devorado, sendo também de ordem conceitual e moral. Dada a anatomia pouco usual desse ser, que tem os olhos na parte da frente e a via de alimentação e excreção de resíduos digestivos no fundo do corpo, a alimentação se dá pela introdução do lápis, objeto fálico, no seu reto, que possui os esfíncteres afiados como giletes que transformam o alimento em lascas facilmente digeríveis pelo seu suco gástrico. Sendo assim, desrespeita anatomicamente um importante princípio arquivístico, o respeito aos fundos, tornando-se, simbolicamente, o antagonista dos arquivistas, sendo, inclusive, utilizado como mascote de bibliotecários e museólogos.





Não se engane com a aparência inofensiva do Graphitium Eateres, ao se mimetizar junto do material de escritório ele acompanha toda a movimentação da presa, apanhando-a num certeiro bote que ocorre em frações de segundo, tendo reflexo comparado somente ao de pessoas frente à mesa de salgadinhos num congresso de arquivologia.

domingo, 12 de abril de 2009

Indigestão

Por aí, muito se fala, algo se ouve e um pouco se entende sobre gestão de informação...

No entanto, pouco se fala da digestão de informação, que é mais do que decorrência da ingestão de sopa de letrinhas. Enquanto você lê este post, documentos são digeridos por arquivos famintos, que têm seus depósitos como grandes estômagos e/ou intestinos, visto a umidade e quantidade de microorganismos.

...

Muito da história que advém dos tipos de arquivos supracitados é produto da digestão> ela é excretada por intermédio dos historiadores que fazem o papel de esfíncteres e músculos sub-abdominais.

Resultado:
Patrimonialização, por exemplo, do Barroco...
Por que não o Rococo também?
;-)

domingo, 29 de março de 2009

Arquivoman

Ah esse bravo mundo novo, onde profissões são modificadas da noite para o dia na expectativa de que continuem a serem rentáveis...
Para o profissional de arquivo, a situação não é muito diferente. Arquivistas tentam fazer-se empregáveis valendo-se do caráter multi-disciplinar da profissão, ao aprender funções que complementam a arquivística, como informática e coleta seletiva de lixo. Visionários profissionais de arquivo, entretanto, ousaram tanto em tornarem-se atraentes ao mercado, que acabaram criando uma nova maneira de trabalhar que rendeu, inclusive, um novo nome para o profissional: “Arquivoman”.
Quem nunca viu em boates um barman praticando flair, que é a arte de fazer malabarismos enquanto se prepara e serve bebidas? O profissional Arquivoman uniu as chamativas manobras realizadas pelos ousados barmans ao digníssimo trabalho arquivístico, combinando a utilidade capital do afazer arquiveiro à apresentação malabarística do barman. Ao ser solicitado um documento, seja uma folha de papel ou um dossiê pesado, ele nunca chegará à mão do usuário de maneira previsível e monótona. De acordo com a filosofia dos Arquivomans, todo documento tem o direito de ser entregue ao seu solicitador de maneira espetacular, pois a primeira impressão é a que fica, e, se há algo que deve ser modificado na arquivística moderna é a formalidade, há de se dessacralizar o antiquado conceito de que respeito documental significa tornar os documentos objetos inatingíveis pela criatividade humana.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Devaneios orçamentários e outros delírios...

A equipe Anarquivística, após um pesadelo narcoléptico coletivo induzido pela magnífica obra de Bellotto, Arquivos Permanentes, acordou com uma indagação arquivologística na batida da “(I can´t get no.) Satisfaction”.

Por que não digitalizar todo um acervo histórico (por exemplo, algum do AN) e doar os suportes para cursos de restauração? Dessa forma os cursos poderiam ensinar a mais gente, que poderia restaurar mais documentos com o intuito de deixá-los suficientemente bons para permitir a análise dos "caracteres de veracidade" e reprodução digital de qualidade satisfatória. Com isso, se pouparia espaço da documentação, gastos com microfilmagem, auxiliaria a técnica de restauração e disseminaria mais documentos por conta da facilidade garantida pelo meio digital.

Então um colega disse:

-“Esses documentos são parte significativa da nossa história. A história necessita de fontes confiáveis, e documentos originais em papel ainda são as formas mais confiáveis quanto a autenticidade, fidedignidade e não dependência de intermediários tecnológicos para consulta.”

Ao que ninguém se manifestou favoravelmente ou contra...

Outro colega levantou a voz.

-“Ora! E os concursos públicos para arquivologia? E os empregos públicos?”

Seguiram-se aplausos!



...Talvez abrir uma firma de digitalização de documentos fosse uma boa nessa realidade hipotética...



O delírio coletivo que comoveu a equipe AnArca veio oportunamente, pois em paralelo, a ENARA enviou um informe sobre a microfilmagem de parte do acervo do AN. A microfilmagem, claro, é somente uma medida de preservação de acervo, pois seu auxílio na disseminação é inócuo (se não levarmos em consideração que preservar é uma passo para disseminar).


Depois de lido o e-mail o "outro colega" se pronunciou novamente:


- "É! O governo tem que socializar as verbas com as pessoas jurídicas também, ora!"


...Talvez abrir uma firma de microfilmagem de documentos fosse uma boa...

domingo, 15 de março de 2009

QR Code e Datamatrix (DM)

...adendo da matéria "Anarquivística Codificada"...

Os códigos Quick Response (QR) e Datamatrix (DM) permitem diversos usos, como publicidade nerd, acessibilidade móvel fazendo do celular um chave (ou chaveiro), etc.


Por esse blog ser pretensamente arquivótico, a equipe Anarquivística foi impelida a banalizar alguma utilização prática para esse códigos no âmbito dos arquivos. Na vasta experiência profissional e anti-profissional de todos os membros da equipe, um ou outro membro já se deparou com aquelas soluções de códigos de barra para identificação de caixas de documentos e as caras "etiquetas inteligentes" com leitura por rádio ou magnetismo. Os códigos QR e DM podem, com vantagem, substituir os códigos de barra, por serem capazes de acondicionar um maior conteúdo informacional e facilidade de leitura. Em arquivos, os códigos podem ser utilizados como formato lógico para descrições, permitir acesso remoto a um repositório ou banco de dados eletrônico em vias de facilitar trabalhos de pesquisa, atualização, ou qualquer outra coisa...

Quanto aos direitos (autorais) sobre o uso do código o site da desenvolvedora do código, a japonesa "Denso-Wave", o código QR é aberto para uso e sua patente não é praticada.

"QR Code is open in the sense that the specification of QR Code is disclosed and that the patent right owned by Denso Wave is not exercised."



"As possibilidades de uso são tão grandes quanto pudermos supor."

sexta-feira, 13 de março de 2009

Sexta-feira treze parte 2

Abafada sexta-13, onde algumas pessoas se refrescam ao optarem por outra
direção sexual e fonte renda complementar, seres folclóricos passeiam
livremente pelas ruas e os arquivistas comuns ficam em casa para economizar...

Hoje é a sexta-feira 13 número 2-3, a penúltima do ano. Frente à quantidade
de sextas-13, será que algo profético nesse 2009, ano do boi, irá acontecer?

-
Por falar em ano do boi, segundo o horóscopo chinês difundido pelo China in box, o boi simboliza a prosperidade através da força e do trabalho duro.

Pois vejamos:
Arquivologia não dá dinheiro: Trabalha e trabalha mas continua duro;
Arquivista trabalha fazendo força carregando caixa ou para não mudar de ramo.

Vislumbrai alguma prosperidade, ou terá que ser à força?!
-

Retomando a profecia, há quem jure que existe uma que diz que:
O sétimo filho do sétimo filho que veio para o RJ em busca de emprego, nas noites de lua cheia, só poderá ser morto por bala perdida.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Anarquivística codificada

A Anarquivística na ânsia de criar usos inúteis para tecnologias úteis, demonstra agora a promissora tecnologia do código QR adaptada à inútil tarefa de postar conteúdos codificados.

QR Code (Quick Response) é um código 2D que pode substituir o famoso código de barras. Em comparação, o QR permite a inclusão de 7089 caracteres, enquanto o bar code permite apenas 13, sem falar na vantagem de poder utilizar caracteres alfa-numéricos...

Se você, leitor, é um sujeito financeiramente bem abonado, portanto não arquivista, possuidor de um smartphone -celular espertinho- como Iphone ou Blackberry, e tem instalado no seu orelhão de bolso hightech um simples software de leitura de QR Code como o Beetagg sorria! Você pode acessar o conteúdo secreto da Anarquivística codificada. Não há prêmio, você já tem dinheiro, ora!
Tsc.
AnArca em quatro códigos:

AnArca1.0

AnArca2.0

AnArca3.0

AnArca4.0

sexta-feira, 6 de março de 2009

A prática de preservação

Todo mundo que almeja tornar-se um arquivista, arquiveiro, arquivo-man ou arquivo-woman se depara com o decisivo e conclusivo momento de entregar a monografia. Algumas escolas de Arquivologia, demonstrando preparo frente aos novos tempos, pedem que a monografia de conclusão de curso lhe seja entregue acompanhada de uma cópia em suporte ótico.

Com o intuito de averiguar como essas mídias óticas estão sendo preservadas, foi escolhida uma soberba Universidade Federal do RJ que, apesar de ainda não dispor de um programa de criação de repositório acadêmico, sob criteriosa supervisão da nata arquivística acolhida no seio institucional, trata de buscar a preservação das mídias que contém o fruto de quatro ou mais anos de dedicação docente e discente, o trabalho de conclusão de curso.

A Anarquivística, na qualidade de canal informático que lhe cabe, foi à sede da instituição escolhida descobrir como as monografias em suporte ótico estão sendo armazenadas e traz, em primeira mão, o resultado dessa investigação.

Dia 1:

Assim que a equipe AnArca dirigiu-se às vísceras da sede da instituição em busca do acervo ótico-midiático das monografias de conclusão de curso foi surpreendida pela pitoresca situação que pode ser apreciada em detalhes nos registros iconográficos abaixo:




Frente ao aparente desrespeito ao patrimônio acadêmico institucional de relevância capital, a equipe AnArca iniciou uma cruzada em busca de explicações e mártires em vias de tentar impedir a continuidade dessa degradação cíclica que vem acometendo o acervo.


Dia 2:


No segundo dia da investigação, ao pressionar funcionários dos mais altos graus hierárquicos, que ainda se dão ao trabalho de comparecer ao trabalho, a verdade emergiu como gases intestinais expelidos numa piscina. O odor sentido foi o da pós-modernidade conjugada às mais superlativas tecno-teorias de pós-custódia e multidisciplinaridade já postas num plano físico de existência.

A federante universidade analisada é a pioneira num modernoso programa de preservação de mídias óticas que está inserido no abrangente conceito de custódia estendia extra-arquivo, onde a disseminação do aspecto conceitual do documento em suporte ótico é garantida pela descrição manuscrita na superfície do CD-R.

domingo, 1 de março de 2009

(in)utilidade pública

Bancando o blog "Aluna de arquivo", a interligada Anarquivística traz ao conhecimento dos caros leitores um serviço de utilidade pública. A MIT (Massachusetts Institute of Technology) disponibiliza totalmente grátis pela internet materiais de cursos de diversas áreas do conhecimento.

Link para a MIT

• Aeronautics and Astronautics
• Anthropology
• Architecture
• Athletics, Physical Education and Recreation
• Biological Engineering
• Biology
• Brain and Cognitive Sciences
• Chemical Engineering
• Chemistry
• Civil and Environmental Engineering
• Comparative Media Studies
• Earth, Atmospheric, and Planetary Sciences
• Economics
• Electrical Engineering and Computer Science
• Engineering Systems Division
• Experimental Study Group
• Foreign Languages and Literatures
• Health Sciences and Technology
• History
• Linguistics and Philosophy
• Literature
• Materials Science and Engineering
• Mathematics
• Mechanical Engineering
• Media Arts and Sciences
• Music and Theater Arts
• Nuclear Science and Engineering
• Physics
• Political Science
• Science, Technology, and Society
• Sloan School of Management
• Special Programs
• Urban Studies and Planning
• Women's and Gender Studies
• Writing and Humanistic Studies

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sexta-feira 13

Pois é, caro leitor 2.0, hoje é uma lendária sexta-feira 13, dia onde lobisomens, mulas-sem-cabeça e arquivistas-bem-remunerados-com-alto-grau-hierárquico vagam pelas ruas escuras e umedecidas pela chuva implacável.

Com intuito de sanar qualquer possível apetite cultural por esses bizarros seres, toda equipe AnArca se embrenhou nos rebuscados labirintos hipertextuais em busca de informações mais detalhadas. Do levantamento realizado as pressas, selecionamos algumas maneiras de se tornar um desses seres vagantes das sextas-feiras treze.

Mulheres se tornam Mulas-sem-cabeça quando fornicam com um padre (um dia ela cavalga e noutro...). Hoje em dia, com toda a liberação sexual e também a libido eclesiástica, devem existir as mulas-transexuais-sem-cabeça e os jumentos-sem-cabeça...

Pessoas passam a virar lobisomem por terem sido geradas a partir de incesto, de terem sofrido alguma maldição ou feitiçaria da braba, por serem o sétimo filho e não se chamarem bento, etc.

Arquivistas-bem-remunerados-com-alto-grau-hieráquico, para existirem, têm que começar a fazer parte do folclore... E até hoje, nada... Quem sabe se o sindicato ou a AAERJ não se adiantam à essa terrível lacuna cultural e tomam uma atitude?

Arquivos excepcionais

Dentre os tipos de arquivos conhecidos, os que mais saltam à vista são os Arquivos Excepcionais. Sua conceituação ainda hoje sofre por conta das correntes divergentes que, erroneamente, crêem tratar-se de uma coleção, não de um arquivo. Já é plenamente aceito em grande parte da comunidade arquivística que Arquivos Excepcionais são sim objeto de estudo da área, pois possuem a característica de organicidade, ou seja, esses documentos foram produzidos ou recebidos por conta de um vínculo, um ato, uma consequência.

Arquivos excepcionais necessitam de extremo cuidado e atenção, principalmente na descrição.

Para maiores informações, visitar o site da APAERJ - Associação dos Portadores de Arquivos Excepcionais - órgão vinculado à APERJ.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Acesso livre 1

A equipe Anarquivística.nerd tem recebido inúmeras contribuições de artigos, o que tornou visível uma importante lacuna nesse processo de submissão de artigos: Deveria ter sido definido todo um padrão para submissão de contribuições, destacando as diretrizes para os autores, para que nos fossem enviados artigos seguindo certos padrões e formatações, e onde fossem esclarecidas questões acerca dos direitos autorais...
Motivado por esse desleixo editorial, foi realizado um "benchmarking" para saber como "periódicos padrão" coordenam a atividade de recebimento de artigos.
...

Mas antes, vamos relembrar ligeiras questões sobre o tema Acesso Livre nas palavras de Eloy Rodrigues:
Quanto à segunda estratégia definida pelo BOAI - Periódicos de acesso livre

"Sempre que o possam evitar, os autores não devem transferir os direitos exclusivos de publicação ou divulgação pública, em qualquer meio ou suporte, dos seus artigos (a maioria das revistas de Acesso Livre não exige essa transferência exclusiva). No mínimo, devem preservar o direito a auto-arquivar e dar acesso a uma cópia do seu trabalho no seu site pessoal ou institucional (como os repositórios institucionais."
Rodrigues, Eloy. Acesso livre ao conhecimento: Utopia ou realidade. 2004

Retomando o "benchmarking" feito, calhou de esbarrarmos com o tradicional e consistente periódico "Revista Ciência da Informação", do IBICT, donde extraímos o seguinte:

"Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da Revista Ciência da Informação, ficando sua reimpressão total ou parcial, sujeita à autorização expressa da direção do IBICT. Deve ser consignada a fonte de publicação original. Os originais não serão devolvidos aos autores.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade".

Não é intenção deste post tentar denegrir ou deturpar qualquer imagem que exista sobre o renomado periódico que a revista é, entretanto, nos achamos no direito de tecer alguns comentários, sejam eles pertinentes, cabíveis ou não:

A Revista está licenciada sob a Creative Commons Attribution 3.0 License e é, sem dúvida, um grande exemplo de periódico de acesso grátis e irrestrito. Chega a ser paradoxal o conservadorismo de tomar como propriedade a obra submetida, de forma que subentende-se que fica vedado ao autor auto-arquivar o artigo que produzir, o que, do ponto de vista do acesso, é uma perda significativa, pois significa um ponto de luz a menos nesse universo em expansão, podendo caracterizar um prejuízo tanto ao autor quanto ao pesquisador - num hipotético e absurdo caso em que o pesquisador não encontre a revista do IBICT -

Já o periódico Arquivística.net, traz o seguinte:

"A submissão do texto por meio eletrônico implica a transferência de direitos exclusivos de publicação, por seis meses a partir da data de submissão. A partir da data do aceite para publicação, os direitos se entendem por mais outros seis meses. Ao publicar o texto, a revista se reserva o direito de manter o trabalho permanentemente disponível, permitindo-se ao autor, após os seis meses de exclusividade mencionados, a republicação, em quaisquer outros meios de divulgação, desde que mencionada a fonte original".

Uma sensível diferença.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Repositório ARQUIJAZ - Todas as edições

Caro leitor, na crença de que não seja necessário discorrer longas sentenças sobre o quão importante foi a contribuição do ARQUIJAZ para toda a nação arquivística do Brasil, cabe aqui apenas reiterar que ele é parte da memória e cultura desse nicho.
...
Enfim, razões não faltam para caracterizá-lo como permanente.

Sendo assim, oportunamente, foi utilizada o repositório "Internet Archives" para depositá-los, sabe-se lá até quando!

Links:
http://www.archive.org/details/ArquijazN1
http://www.archive.org/details/ArquijazN2
http://www.archive.org/details/ArquijazN3

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Todo o conhecimento do mundo numa casca de metal?

A tentativa de abrigar, em uma só instituição, todo o conhecimento de uma ou mais sociedades vem de épocas remotas, como a famosa biblioteca de Alexandria. Dentre as tentativas atuais, a mais recente ambiciosa é a biblioteca digital Europeana, com conteúdos inteiros de livros raros e antigos ou cujas edições se esgotaram, pinturas, músicas, manuscritos, mapas, o imenso patrimônio cultural das bibliotecas nacionais do Velho Continente. Apenas vinte e quatro horas após seu lançamento foi fechada por conta de um número de consultas muito acima do esperado e suportado. Se esse acesso em massa capaz de derrubar um grande website significa que finalmente chegamos à tão idealizada sociedade do conhecimento regida pela simbiose da capacidade individual de internalizar informação e na existência de bancos de informação acessíveis à todos, ou se foi simplesmente um caso de uma massa mais uma vez ávida por novidade, não se sabe.
Dos milhares de artigos publicados anualmente em revistas científicas de todo o mundo, grande parte ganha, além da versão em papel, um espaço na Internet. Com a massificação da rede mundial de computadores, muitos são inclusive publicados apenas na versão eletrônica. O problema é que esse conteúdo digital carece de permanência.
Um estudo feito pelo norte-americano Jonathan Wren, do Centro Avançado de Tecnologia Genômica da Universidade de Oklahoma, mostrou que grande parte dos artigos publicados na Internet acaba em um limbo digital e os endereços onde deveriam estar retornam apenas as irritantes mensagens de "página não encontrada" no programa de navegação.
A falta de perenidade do conteúdo na rede mundial de computadores não afeta somente a comunicação científica. No âmbito do entretenimento, a baixa permanência de conteúdo é ainda maior, e tem como agravante o fato de que o mercado de entretenimento tem a novidade como grande, e às vezes, único atrativo. Uma foto, artigo, conto ou música disponibilizado em website pessoal ou em um grande portal, tem sua permanência atribuída por variáveis imprevisíveis. Uma pessoa comum que publique, por exemplo, contos em sua página na Internet, costuma utilizar servidores gratuitos, que, além de oferecem espaço limitado, não possuem garantia alguma de quanto tempo irão manter-se no ar. Um artigo publicado em um website pode sumir da Internet por mero capricho do autor, ou para abrir espaço para novos (por conta do reduzido espaço oferecido pelos servidores gratuitos), ou porque o servidor deixou de existir.
Uma iniciativa muito interessante, e utilizada como repositório pela Anarquivística.nerd, é a chamada “Internet Archive” http://www.archive.org. Fundada em 1996 e localizada em São Francisco, Califórnia, é uma biblioteca digital que busca oferecer acesso permanente a coleções em formato digital, hoje já tendo em seu acervo texto, áudio, vídeos, software e websites.
Colaborando com instituições como a Biblioteca do Congresso Americano, o Internet Archive trabalha no sentido de prevenir o desaparecimento do conteúdo digital e da Internet e preservá-lo para as gerações. Tendo em vista que acesso livre e gratuito é considerado essencial para a educação e manutenção (ou seria criação?) de uma sociedade aberta, todas as coleções estão abertas para pesquisadores, historiadores e estudantes em geral.
Só a boa vontade não preserva vastos conteúdos, para isso, são necessários processos de guarda e preservação. A guarda do acervo, por conta do contínuo crescimento da Internet, é um desafio constante, e é enfrentado com tarefas de indexação e compactação de dados e com o uso de discos rígidos IDE, fitas DLT (que possuem permanência de cerca de trinta anos) e uso do formato ARC que está cotado como formato padrão dos objetos de Internet. No que tange à preservação, é feita migração de forma conveniente e a troca das fitas DLT por Petabox, um repositório de larga escala.
A iniciativa é interessante, mas, ressalvas podem ser feitas. Como qualquer pessoa pode enviar documentos para a Internet Archive, a tendência é que as coleções alcancem um tamanho não comportável pelas tecnologias de armazenamento, chegando ao derradeiro momento em que deve ser feita a pergunta: Qual conteúdo, oriundo de coleção, deve ser preservado em detrimento de outro e a que parâmetros essa seleção irá obedecer, já que foi recebido no decorrer da atividade principal dessa instituição que é acumular e tornar acessível tudo que recebe?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Gestão integrada da informação orgânica no Brasil

Rosseau e Couture (1998, p.67) criaram um quadro com o programa de de gestão integrada. Tendo em vista que programas, processos e esquemas são criados com base em uma análise situacional que corre o risco de, apesar de ser bem generalizada, não comportar aspectos cruciais de outras situações que ocorram em outros países, por exemplo.
Hoje, adaptando à realidade brasileria, surgem duas versões baseadas no esquema criado por Rosseau e Couture. Seguem os modelos adaptados aos padrões nacionais de raciocínio e predileção!

Exemplo 1



Exemplo 2

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Anarquivística.nerd - Contatos

O weblog Anarquivística.nerd, AnArca pra os íntimos, convoca e invoca a todos que quiserem contribuir com idéias, artigos, dinheiro, ou cargos comissionados em setores públicos.


Para contactar esse arrojado weblog:

http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=16540341044628900622
anarquivística.nerd@gmail.com

Weblog Anarquivística.nerd

  ©Template por Dicas Blogger. Modificado por Anarquivística.nerd

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