terça-feira, 10 de agosto de 2010

Questões de Arquivologia comentadas

A AnArca, com a nobre missão de auxiliar os desesperados arquivo-concurseiros em seus estudos, orgulhosamente inicia uma série de questões comentadas.
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1.
Elio Lodoline afirma que “Se se colocasse em
desordem por 10 ou 100 vezes um fundo e se confiasse
para o arranjo a 10 ou 100 arquivistas diferentes, o
resultado final deveria ser idêntico”. Essa visão, quando
comparada à Arquivologia Brasileira:

Resposta:
Siginifica que os arquivistas que Elio Lodoline conhece ficariam milionários aqui! No Brasil, quantos arquiveiros realizassem o arranjo o fariam de maneira equivocada – salvo os raros espécimes de arquívices albinos que vivem nas montanhas.



2.
O descarte como atividade institucional de Gestão de
Documentos se constitui numa prática arbitrária, pois:
(A) os instrumentos técnicos são inadequados;
(B) os profissionais são pouco qualificados;
(C) não alcançam os múltiplos usos;
(D) não há controle legal sobre ele;
(E) não possui controle administrativo.

Resposta:
Mais um exemplo da fecalidade que parece ser tão natural à arquivíce. Para impôr dificuldade e alguma sofisticação num tema relativamente simples a banca cria uma obscena anomalia de ímpar magnitude. Essa questão mereceu um chute e uma justa anulação.



3.
De maneira lenta, mas gradual, as instituições
arquivísticas vêm aumentando o número de usuários que, a
partir de seus interesses particulares, começam a reconhecer
que o valor secundário por eles atribuído aos documentos de
guarda permanentes:

Resposta:
Pergunta capciosa. Desde quando usuários reconhecem algo além da máxima que diz que o cliente tem sempre razão? – sem se dar conta que cliente e usuários nem sempre são a mesma pessoa -

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domingo, 25 de julho de 2010

A Anarquivística.nerd enviou um questionário para alguns arquivistas esperando que retornassem devidamente respondidos. O quase total insucesso da empreitada pode indicar que boa parte dos arquivistas é incapaz de se expressar por escrito; carece de inclusão digital ou é preguiçosa mesmo.

Apenas um sujeito, que prefere não ser identificado e que vamos chamar de BELTRANo, respondeu às perguntas do ineficaz questionário, porém liberou para publicação no blogue apenas o conteúdo abaixo:


AnArca - Qual o seu nome e quantos anos você tem?

Beltrano - XXX, 32 anos.

AnArca - Por que fez arquivologia?

Beltrano -
Bom, meu avô me ensinou que sempre que transformamos algo que nos dá prazer em ganha-pão, isso deixa de nos satisfazer. Eu, por exemplo, gosto muito de programação de computadores. Certa vez fui trabalhar para uma pequena desenvolvedora de softwares direcionados para recursos humanos - que inferno. Foi terrível ter que cumprir metas e obedecer ordens de outrem para fazer algo que eu gostava de fazer sem nenhuma motivação financeira. Resultado: hoje eu praticamente não lido mais com programção, nem por hobby! Fiz arquivologia por isso. É algo tão longe da minha realidade e dos meus gostos que desgostar dela (enquanto trabalhador) não iria fazer interseção com nenhuma outra área que eu goste, dessa forma meus hobbys e área de interesse não seriam prejudicados.



FIM

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Capitão Arquivo!

Quando a esperança está para acabar e você está pronto para atear fogo à massa documental acumulada, eis que surge na nuvem de poeira:

segunda-feira, 22 de março de 2010

100 - 88 pensamentos da anarquivística pós-clássica

1. O documento buscado sempre está no último lugar em que se procura. Constatação tão verdadeira quanto óbvia.

2. Parecer organizado é muito mais importante do que ser.

3. Não cobiçarás a graduação do próximo.

4. Não cobiçarás uma próxima graduação. Quem anda para o lado é bibliotecário.

5. Ao menos um fundo há de ser respeitado. O do arquivista.

6. Todo arquivista sonha ser lembrado somente na folha de pagamento.

7. Vestibular é difícil? Desemprego não. Fiz arquivologia.

8. Com quantos paus se faz um arquivo?
R: Depende de quantos fundos há para tratar.

9. Quantos portugueses são necessários para administrar um arquivo?
R: Depende do que estiver Armando.

10. Sou arquivista, meu irmão advogado. Ele é bem sucedido, eu não. O que fiz de errado?
R: Não nasceu no lugar do seu irmão.

11. A voluptuosa secretária do presidente da empresa, ao lhe solicitar caixas de arquivo, pediu uma montada. Como atuar politicamente nessa situação?
R: Primeiro descubra se o presidente da empresa faz uso extra-oficial da volupia da digníssima secretária. Se fizer, chantagei-o em troca de um emprego em outro setor. A secretária não irá aceitar uma montada.

12. Administradores sempre acham que entendem muito mais de arquivo que arquivistas. Como não convencê-los do contrário e manter-se afastado das responsabilidades?
R: Alimente a ilusão com homeopáticas doses de inaptidão.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Oquêlogia e reclamologia

Os profissionais da eminente ciência e arte dos arquivos vivem a reclamar de seus empregos. Uns afirmam que ganham tão mal que preferem apor no currículo que realizam trabalho voluntário, e outros, por sua vez, gostariam de maior visibilidade e reconhecimento, chegando a dizer que essa é uma profissão muito ingrata.

Se analisarmos com profundidade, quase todos os profissionais acham que suas áreas, mesmo quando elas proporcionam grandes remunerações e status, são, de alguma forma, ingratas - Publicitários e cirurgiões de sucesso sempre rosnam um "profissão ingrata!" quando acham que o iate ao lado (de um ator, mega-empresário ou playboy) é maior que o seu.

Os arquivistas, por sua vez, sempre acham que a fila do outro ônibus está mais vazia, ou que o auxiliar administrativo ao lado tem mais dentes na boca.

É preciso atentar-se ao fato de que, para os arquivistas, o buraco é tão mais embaixo que o fundo é algo cotidiano. É fato que profissionais de todas as outras áreas, inclusive bibibliotecacários ou museuolológos - esses dois sem razão alguma! - fazem pouco da esplendorosa arquivística, renegando sua importância e valor e demonstrando afetada repugnância com relação aos afazeres arquiveiros.

Há, porém, um consenso entre profissionais de todas as áreas que está magnificamente representado pela digníssima afirmação a seguir:

Todos preferem arquivologia à cirurgias no reto!

Todo copo meio vazio é também um copo meio cheio!

  ©Template por Dicas Blogger. Modificado por Anarquivística.nerd

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