domingo, 29 de março de 2009

Arquivoman

Ah esse bravo mundo novo, onde profissões são modificadas da noite para o dia na expectativa de que continuem a serem rentáveis...
Para o profissional de arquivo, a situação não é muito diferente. Arquivistas tentam fazer-se empregáveis valendo-se do caráter multi-disciplinar da profissão, ao aprender funções que complementam a arquivística, como informática e coleta seletiva de lixo. Visionários profissionais de arquivo, entretanto, ousaram tanto em tornarem-se atraentes ao mercado, que acabaram criando uma nova maneira de trabalhar que rendeu, inclusive, um novo nome para o profissional: “Arquivoman”.
Quem nunca viu em boates um barman praticando flair, que é a arte de fazer malabarismos enquanto se prepara e serve bebidas? O profissional Arquivoman uniu as chamativas manobras realizadas pelos ousados barmans ao digníssimo trabalho arquivístico, combinando a utilidade capital do afazer arquiveiro à apresentação malabarística do barman. Ao ser solicitado um documento, seja uma folha de papel ou um dossiê pesado, ele nunca chegará à mão do usuário de maneira previsível e monótona. De acordo com a filosofia dos Arquivomans, todo documento tem o direito de ser entregue ao seu solicitador de maneira espetacular, pois a primeira impressão é a que fica, e, se há algo que deve ser modificado na arquivística moderna é a formalidade, há de se dessacralizar o antiquado conceito de que respeito documental significa tornar os documentos objetos inatingíveis pela criatividade humana.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Devaneios orçamentários e outros delírios...

A equipe Anarquivística, após um pesadelo narcoléptico coletivo induzido pela magnífica obra de Bellotto, Arquivos Permanentes, acordou com uma indagação arquivologística na batida da “(I can´t get no.) Satisfaction”.

Por que não digitalizar todo um acervo histórico (por exemplo, algum do AN) e doar os suportes para cursos de restauração? Dessa forma os cursos poderiam ensinar a mais gente, que poderia restaurar mais documentos com o intuito de deixá-los suficientemente bons para permitir a análise dos "caracteres de veracidade" e reprodução digital de qualidade satisfatória. Com isso, se pouparia espaço da documentação, gastos com microfilmagem, auxiliaria a técnica de restauração e disseminaria mais documentos por conta da facilidade garantida pelo meio digital.

Então um colega disse:

-“Esses documentos são parte significativa da nossa história. A história necessita de fontes confiáveis, e documentos originais em papel ainda são as formas mais confiáveis quanto a autenticidade, fidedignidade e não dependência de intermediários tecnológicos para consulta.”

Ao que ninguém se manifestou favoravelmente ou contra...

Outro colega levantou a voz.

-“Ora! E os concursos públicos para arquivologia? E os empregos públicos?”

Seguiram-se aplausos!



...Talvez abrir uma firma de digitalização de documentos fosse uma boa nessa realidade hipotética...



O delírio coletivo que comoveu a equipe AnArca veio oportunamente, pois em paralelo, a ENARA enviou um informe sobre a microfilmagem de parte do acervo do AN. A microfilmagem, claro, é somente uma medida de preservação de acervo, pois seu auxílio na disseminação é inócuo (se não levarmos em consideração que preservar é uma passo para disseminar).


Depois de lido o e-mail o "outro colega" se pronunciou novamente:


- "É! O governo tem que socializar as verbas com as pessoas jurídicas também, ora!"


...Talvez abrir uma firma de microfilmagem de documentos fosse uma boa...

domingo, 15 de março de 2009

QR Code e Datamatrix (DM)

...adendo da matéria "Anarquivística Codificada"...

Os códigos Quick Response (QR) e Datamatrix (DM) permitem diversos usos, como publicidade nerd, acessibilidade móvel fazendo do celular um chave (ou chaveiro), etc.


Por esse blog ser pretensamente arquivótico, a equipe Anarquivística foi impelida a banalizar alguma utilização prática para esse códigos no âmbito dos arquivos. Na vasta experiência profissional e anti-profissional de todos os membros da equipe, um ou outro membro já se deparou com aquelas soluções de códigos de barra para identificação de caixas de documentos e as caras "etiquetas inteligentes" com leitura por rádio ou magnetismo. Os códigos QR e DM podem, com vantagem, substituir os códigos de barra, por serem capazes de acondicionar um maior conteúdo informacional e facilidade de leitura. Em arquivos, os códigos podem ser utilizados como formato lógico para descrições, permitir acesso remoto a um repositório ou banco de dados eletrônico em vias de facilitar trabalhos de pesquisa, atualização, ou qualquer outra coisa...

Quanto aos direitos (autorais) sobre o uso do código o site da desenvolvedora do código, a japonesa "Denso-Wave", o código QR é aberto para uso e sua patente não é praticada.

"QR Code is open in the sense that the specification of QR Code is disclosed and that the patent right owned by Denso Wave is not exercised."



"As possibilidades de uso são tão grandes quanto pudermos supor."

sexta-feira, 13 de março de 2009

Sexta-feira treze parte 2

Abafada sexta-13, onde algumas pessoas se refrescam ao optarem por outra
direção sexual e fonte renda complementar, seres folclóricos passeiam
livremente pelas ruas e os arquivistas comuns ficam em casa para economizar...

Hoje é a sexta-feira 13 número 2-3, a penúltima do ano. Frente à quantidade
de sextas-13, será que algo profético nesse 2009, ano do boi, irá acontecer?

-
Por falar em ano do boi, segundo o horóscopo chinês difundido pelo China in box, o boi simboliza a prosperidade através da força e do trabalho duro.

Pois vejamos:
Arquivologia não dá dinheiro: Trabalha e trabalha mas continua duro;
Arquivista trabalha fazendo força carregando caixa ou para não mudar de ramo.

Vislumbrai alguma prosperidade, ou terá que ser à força?!
-

Retomando a profecia, há quem jure que existe uma que diz que:
O sétimo filho do sétimo filho que veio para o RJ em busca de emprego, nas noites de lua cheia, só poderá ser morto por bala perdida.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Anarquivística codificada

A Anarquivística na ânsia de criar usos inúteis para tecnologias úteis, demonstra agora a promissora tecnologia do código QR adaptada à inútil tarefa de postar conteúdos codificados.

QR Code (Quick Response) é um código 2D que pode substituir o famoso código de barras. Em comparação, o QR permite a inclusão de 7089 caracteres, enquanto o bar code permite apenas 13, sem falar na vantagem de poder utilizar caracteres alfa-numéricos...

Se você, leitor, é um sujeito financeiramente bem abonado, portanto não arquivista, possuidor de um smartphone -celular espertinho- como Iphone ou Blackberry, e tem instalado no seu orelhão de bolso hightech um simples software de leitura de QR Code como o Beetagg sorria! Você pode acessar o conteúdo secreto da Anarquivística codificada. Não há prêmio, você já tem dinheiro, ora!
Tsc.
AnArca em quatro códigos:

AnArca1.0

AnArca2.0

AnArca3.0

AnArca4.0

sexta-feira, 6 de março de 2009

A prática de preservação

Todo mundo que almeja tornar-se um arquivista, arquiveiro, arquivo-man ou arquivo-woman se depara com o decisivo e conclusivo momento de entregar a monografia. Algumas escolas de Arquivologia, demonstrando preparo frente aos novos tempos, pedem que a monografia de conclusão de curso lhe seja entregue acompanhada de uma cópia em suporte ótico.

Com o intuito de averiguar como essas mídias óticas estão sendo preservadas, foi escolhida uma soberba Universidade Federal do RJ que, apesar de ainda não dispor de um programa de criação de repositório acadêmico, sob criteriosa supervisão da nata arquivística acolhida no seio institucional, trata de buscar a preservação das mídias que contém o fruto de quatro ou mais anos de dedicação docente e discente, o trabalho de conclusão de curso.

A Anarquivística, na qualidade de canal informático que lhe cabe, foi à sede da instituição escolhida descobrir como as monografias em suporte ótico estão sendo armazenadas e traz, em primeira mão, o resultado dessa investigação.

Dia 1:

Assim que a equipe AnArca dirigiu-se às vísceras da sede da instituição em busca do acervo ótico-midiático das monografias de conclusão de curso foi surpreendida pela pitoresca situação que pode ser apreciada em detalhes nos registros iconográficos abaixo:




Frente ao aparente desrespeito ao patrimônio acadêmico institucional de relevância capital, a equipe AnArca iniciou uma cruzada em busca de explicações e mártires em vias de tentar impedir a continuidade dessa degradação cíclica que vem acometendo o acervo.


Dia 2:


No segundo dia da investigação, ao pressionar funcionários dos mais altos graus hierárquicos, que ainda se dão ao trabalho de comparecer ao trabalho, a verdade emergiu como gases intestinais expelidos numa piscina. O odor sentido foi o da pós-modernidade conjugada às mais superlativas tecno-teorias de pós-custódia e multidisciplinaridade já postas num plano físico de existência.

A federante universidade analisada é a pioneira num modernoso programa de preservação de mídias óticas que está inserido no abrangente conceito de custódia estendia extra-arquivo, onde a disseminação do aspecto conceitual do documento em suporte ótico é garantida pela descrição manuscrita na superfície do CD-R.

domingo, 1 de março de 2009

(in)utilidade pública

Bancando o blog "Aluna de arquivo", a interligada Anarquivística traz ao conhecimento dos caros leitores um serviço de utilidade pública. A MIT (Massachusetts Institute of Technology) disponibiliza totalmente grátis pela internet materiais de cursos de diversas áreas do conhecimento.

Link para a MIT

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