sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sexta-feira 13

Pois é, caro leitor 2.0, hoje é uma lendária sexta-feira 13, dia onde lobisomens, mulas-sem-cabeça e arquivistas-bem-remunerados-com-alto-grau-hierárquico vagam pelas ruas escuras e umedecidas pela chuva implacável.

Com intuito de sanar qualquer possível apetite cultural por esses bizarros seres, toda equipe AnArca se embrenhou nos rebuscados labirintos hipertextuais em busca de informações mais detalhadas. Do levantamento realizado as pressas, selecionamos algumas maneiras de se tornar um desses seres vagantes das sextas-feiras treze.

Mulheres se tornam Mulas-sem-cabeça quando fornicam com um padre (um dia ela cavalga e noutro...). Hoje em dia, com toda a liberação sexual e também a libido eclesiástica, devem existir as mulas-transexuais-sem-cabeça e os jumentos-sem-cabeça...

Pessoas passam a virar lobisomem por terem sido geradas a partir de incesto, de terem sofrido alguma maldição ou feitiçaria da braba, por serem o sétimo filho e não se chamarem bento, etc.

Arquivistas-bem-remunerados-com-alto-grau-hieráquico, para existirem, têm que começar a fazer parte do folclore... E até hoje, nada... Quem sabe se o sindicato ou a AAERJ não se adiantam à essa terrível lacuna cultural e tomam uma atitude?

Arquivos excepcionais

Dentre os tipos de arquivos conhecidos, os que mais saltam à vista são os Arquivos Excepcionais. Sua conceituação ainda hoje sofre por conta das correntes divergentes que, erroneamente, crêem tratar-se de uma coleção, não de um arquivo. Já é plenamente aceito em grande parte da comunidade arquivística que Arquivos Excepcionais são sim objeto de estudo da área, pois possuem a característica de organicidade, ou seja, esses documentos foram produzidos ou recebidos por conta de um vínculo, um ato, uma consequência.

Arquivos excepcionais necessitam de extremo cuidado e atenção, principalmente na descrição.

Para maiores informações, visitar o site da APAERJ - Associação dos Portadores de Arquivos Excepcionais - órgão vinculado à APERJ.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Acesso livre 1

A equipe Anarquivística.nerd tem recebido inúmeras contribuições de artigos, o que tornou visível uma importante lacuna nesse processo de submissão de artigos: Deveria ter sido definido todo um padrão para submissão de contribuições, destacando as diretrizes para os autores, para que nos fossem enviados artigos seguindo certos padrões e formatações, e onde fossem esclarecidas questões acerca dos direitos autorais...
Motivado por esse desleixo editorial, foi realizado um "benchmarking" para saber como "periódicos padrão" coordenam a atividade de recebimento de artigos.
...

Mas antes, vamos relembrar ligeiras questões sobre o tema Acesso Livre nas palavras de Eloy Rodrigues:
Quanto à segunda estratégia definida pelo BOAI - Periódicos de acesso livre

"Sempre que o possam evitar, os autores não devem transferir os direitos exclusivos de publicação ou divulgação pública, em qualquer meio ou suporte, dos seus artigos (a maioria das revistas de Acesso Livre não exige essa transferência exclusiva). No mínimo, devem preservar o direito a auto-arquivar e dar acesso a uma cópia do seu trabalho no seu site pessoal ou institucional (como os repositórios institucionais."
Rodrigues, Eloy. Acesso livre ao conhecimento: Utopia ou realidade. 2004

Retomando o "benchmarking" feito, calhou de esbarrarmos com o tradicional e consistente periódico "Revista Ciência da Informação", do IBICT, donde extraímos o seguinte:

"Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da Revista Ciência da Informação, ficando sua reimpressão total ou parcial, sujeita à autorização expressa da direção do IBICT. Deve ser consignada a fonte de publicação original. Os originais não serão devolvidos aos autores.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade".

Não é intenção deste post tentar denegrir ou deturpar qualquer imagem que exista sobre o renomado periódico que a revista é, entretanto, nos achamos no direito de tecer alguns comentários, sejam eles pertinentes, cabíveis ou não:

A Revista está licenciada sob a Creative Commons Attribution 3.0 License e é, sem dúvida, um grande exemplo de periódico de acesso grátis e irrestrito. Chega a ser paradoxal o conservadorismo de tomar como propriedade a obra submetida, de forma que subentende-se que fica vedado ao autor auto-arquivar o artigo que produzir, o que, do ponto de vista do acesso, é uma perda significativa, pois significa um ponto de luz a menos nesse universo em expansão, podendo caracterizar um prejuízo tanto ao autor quanto ao pesquisador - num hipotético e absurdo caso em que o pesquisador não encontre a revista do IBICT -

Já o periódico Arquivística.net, traz o seguinte:

"A submissão do texto por meio eletrônico implica a transferência de direitos exclusivos de publicação, por seis meses a partir da data de submissão. A partir da data do aceite para publicação, os direitos se entendem por mais outros seis meses. Ao publicar o texto, a revista se reserva o direito de manter o trabalho permanentemente disponível, permitindo-se ao autor, após os seis meses de exclusividade mencionados, a republicação, em quaisquer outros meios de divulgação, desde que mencionada a fonte original".

Uma sensível diferença.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Repositório ARQUIJAZ - Todas as edições

Caro leitor, na crença de que não seja necessário discorrer longas sentenças sobre o quão importante foi a contribuição do ARQUIJAZ para toda a nação arquivística do Brasil, cabe aqui apenas reiterar que ele é parte da memória e cultura desse nicho.
...
Enfim, razões não faltam para caracterizá-lo como permanente.

Sendo assim, oportunamente, foi utilizada o repositório "Internet Archives" para depositá-los, sabe-se lá até quando!

Links:
http://www.archive.org/details/ArquijazN1
http://www.archive.org/details/ArquijazN2
http://www.archive.org/details/ArquijazN3

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Todo o conhecimento do mundo numa casca de metal?

A tentativa de abrigar, em uma só instituição, todo o conhecimento de uma ou mais sociedades vem de épocas remotas, como a famosa biblioteca de Alexandria. Dentre as tentativas atuais, a mais recente ambiciosa é a biblioteca digital Europeana, com conteúdos inteiros de livros raros e antigos ou cujas edições se esgotaram, pinturas, músicas, manuscritos, mapas, o imenso patrimônio cultural das bibliotecas nacionais do Velho Continente. Apenas vinte e quatro horas após seu lançamento foi fechada por conta de um número de consultas muito acima do esperado e suportado. Se esse acesso em massa capaz de derrubar um grande website significa que finalmente chegamos à tão idealizada sociedade do conhecimento regida pela simbiose da capacidade individual de internalizar informação e na existência de bancos de informação acessíveis à todos, ou se foi simplesmente um caso de uma massa mais uma vez ávida por novidade, não se sabe.
Dos milhares de artigos publicados anualmente em revistas científicas de todo o mundo, grande parte ganha, além da versão em papel, um espaço na Internet. Com a massificação da rede mundial de computadores, muitos são inclusive publicados apenas na versão eletrônica. O problema é que esse conteúdo digital carece de permanência.
Um estudo feito pelo norte-americano Jonathan Wren, do Centro Avançado de Tecnologia Genômica da Universidade de Oklahoma, mostrou que grande parte dos artigos publicados na Internet acaba em um limbo digital e os endereços onde deveriam estar retornam apenas as irritantes mensagens de "página não encontrada" no programa de navegação.
A falta de perenidade do conteúdo na rede mundial de computadores não afeta somente a comunicação científica. No âmbito do entretenimento, a baixa permanência de conteúdo é ainda maior, e tem como agravante o fato de que o mercado de entretenimento tem a novidade como grande, e às vezes, único atrativo. Uma foto, artigo, conto ou música disponibilizado em website pessoal ou em um grande portal, tem sua permanência atribuída por variáveis imprevisíveis. Uma pessoa comum que publique, por exemplo, contos em sua página na Internet, costuma utilizar servidores gratuitos, que, além de oferecem espaço limitado, não possuem garantia alguma de quanto tempo irão manter-se no ar. Um artigo publicado em um website pode sumir da Internet por mero capricho do autor, ou para abrir espaço para novos (por conta do reduzido espaço oferecido pelos servidores gratuitos), ou porque o servidor deixou de existir.
Uma iniciativa muito interessante, e utilizada como repositório pela Anarquivística.nerd, é a chamada “Internet Archive” http://www.archive.org. Fundada em 1996 e localizada em São Francisco, Califórnia, é uma biblioteca digital que busca oferecer acesso permanente a coleções em formato digital, hoje já tendo em seu acervo texto, áudio, vídeos, software e websites.
Colaborando com instituições como a Biblioteca do Congresso Americano, o Internet Archive trabalha no sentido de prevenir o desaparecimento do conteúdo digital e da Internet e preservá-lo para as gerações. Tendo em vista que acesso livre e gratuito é considerado essencial para a educação e manutenção (ou seria criação?) de uma sociedade aberta, todas as coleções estão abertas para pesquisadores, historiadores e estudantes em geral.
Só a boa vontade não preserva vastos conteúdos, para isso, são necessários processos de guarda e preservação. A guarda do acervo, por conta do contínuo crescimento da Internet, é um desafio constante, e é enfrentado com tarefas de indexação e compactação de dados e com o uso de discos rígidos IDE, fitas DLT (que possuem permanência de cerca de trinta anos) e uso do formato ARC que está cotado como formato padrão dos objetos de Internet. No que tange à preservação, é feita migração de forma conveniente e a troca das fitas DLT por Petabox, um repositório de larga escala.
A iniciativa é interessante, mas, ressalvas podem ser feitas. Como qualquer pessoa pode enviar documentos para a Internet Archive, a tendência é que as coleções alcancem um tamanho não comportável pelas tecnologias de armazenamento, chegando ao derradeiro momento em que deve ser feita a pergunta: Qual conteúdo, oriundo de coleção, deve ser preservado em detrimento de outro e a que parâmetros essa seleção irá obedecer, já que foi recebido no decorrer da atividade principal dessa instituição que é acumular e tornar acessível tudo que recebe?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Gestão integrada da informação orgânica no Brasil

Rosseau e Couture (1998, p.67) criaram um quadro com o programa de de gestão integrada. Tendo em vista que programas, processos e esquemas são criados com base em uma análise situacional que corre o risco de, apesar de ser bem generalizada, não comportar aspectos cruciais de outras situações que ocorram em outros países, por exemplo.
Hoje, adaptando à realidade brasileria, surgem duas versões baseadas no esquema criado por Rosseau e Couture. Seguem os modelos adaptados aos padrões nacionais de raciocínio e predileção!

Exemplo 1



Exemplo 2

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Anarquivística.nerd - Contatos

O weblog Anarquivística.nerd, AnArca pra os íntimos, convoca e invoca a todos que quiserem contribuir com idéias, artigos, dinheiro, ou cargos comissionados em setores públicos.


Para contactar esse arrojado weblog:

http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=16540341044628900622
anarquivística.nerd@gmail.com

Weblog Anarquivística.nerd

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