terça-feira, 14 de abril de 2009

Graphitium Eateres

Uma praga de arquivo ainda pouco estudada é o Graphitium Eateres. Encontrado usualmente nas mesas de setores como arquivo e almoxarifado, pode também ser encontrado em outros lugares que disponham de material de escritório em abundância. A razão pela qual esse curioso animal tem os arquivos e cercanias como principal habitat é a peculiar dieta composta exclusivamente por lápis 6B, que também é o preferido dos arquivistas. Os problemas que o “Sentador de lápis”, como também é conhecido, causa vão além do valor perdido a cada lápis que é devorado, sendo também de ordem conceitual e moral. Dada a anatomia pouco usual desse ser, que tem os olhos na parte da frente e a via de alimentação e excreção de resíduos digestivos no fundo do corpo, a alimentação se dá pela introdução do lápis, objeto fálico, no seu reto, que possui os esfíncteres afiados como giletes que transformam o alimento em lascas facilmente digeríveis pelo seu suco gástrico. Sendo assim, desrespeita anatomicamente um importante princípio arquivístico, o respeito aos fundos, tornando-se, simbolicamente, o antagonista dos arquivistas, sendo, inclusive, utilizado como mascote de bibliotecários e museólogos.





Não se engane com a aparência inofensiva do Graphitium Eateres, ao se mimetizar junto do material de escritório ele acompanha toda a movimentação da presa, apanhando-a num certeiro bote que ocorre em frações de segundo, tendo reflexo comparado somente ao de pessoas frente à mesa de salgadinhos num congresso de arquivologia.

domingo, 12 de abril de 2009

Indigestão

Por aí, muito se fala, algo se ouve e um pouco se entende sobre gestão de informação...

No entanto, pouco se fala da digestão de informação, que é mais do que decorrência da ingestão de sopa de letrinhas. Enquanto você lê este post, documentos são digeridos por arquivos famintos, que têm seus depósitos como grandes estômagos e/ou intestinos, visto a umidade e quantidade de microorganismos.

...

Muito da história que advém dos tipos de arquivos supracitados é produto da digestão> ela é excretada por intermédio dos historiadores que fazem o papel de esfíncteres e músculos sub-abdominais.

Resultado:
Patrimonialização, por exemplo, do Barroco...
Por que não o Rococo também?
;-)

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